Départamento de psychologia Da UFPR

O Núcleo de Estudos dos Processos Identitários, das Etnias, das Crises e da Cultura Árabe e o Laboratório de Psicopatologia Fundamental do Departamento de Psicologia, com o apoio do Mestrado em Psicologia convida para :

 

 

1a jornada de Psychologia do Trauma Psychico

 

O evento ocorrerá no dia 03 de dezembro, das 08h às 18h,

 

no anfiteatro 1000 – 10º andar do Edifício D. Pedro I.

 

Rua: General Carneiro, 460 – Edifício D. Pedro I – 11° andar | CEP: 80.060-150 – Curitiba – Paraná – Brasil 

Participará : Gleuza Salomon, membro de Escola Brasileira de Psicanalise.

O conceito freudiano de trauma é uma pedra fundamental para a psicanálise e é referência para o ensino de Jacques Lacan no que concerne o inconsciente estruturado como linguagem, este batizado como inconsciente freudiano. Nesta perspectiva a língua que nos é transmitida pela nossa família à qual falamos e somos falados, pois bem, aí paradoxalmente, nos é dada a dimensão traumática da fala. O ser – falante surge da transmissão da língua no seio familiar. Esse é para Lacan o trauma ao qual estamos todos submetidos. Nesse sentido, todos são traumatizados pela língua que falamos e expulsos pela linguagem, quando estranhos em nossas línguas nos deparamos com as leis da linguagem e somos então, reinscritos pela linguagem nas leis sociais, na escrita pela qual, os nossos equívocos poderão ser por nós elucidados, por exemplo: as homofonias de palavras vêem explicitar mal-entendidos constituintes de nossa subjetividade. E através da fala nos libertamos de nossos sofrimentos e amarras que nos impedem de nos realizarmos em nossas funções vitais como no amor e no trabalho. Podemos considerar que o mal-estar de nossa época é o ser – falante, encontramos como exemplo a detenção de Rafah Nached, psicanalista síria, a qual, de forma corajosa implanta a psicanálise em seu país, no entanto a libertação pela fala, o poder das palavras foram ouvidas pelo estado que por fim, tenta calar, aprisionar a fala, o ser – falante. Por isso, Rafah tornou-se para nós um símbolo de luta e ainda mais, lutamos para que fosse liberta, e com ela a própria psicanálise respira mais aliviada. O trauma de ser – falante tem lugar e voz inscritos neste novo século.

 

 


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